assisti um filme do Fritz Lang para eperar o dia acabar (que eu não ia me mexer) e fiquei me vendo sofrer na tela do computador...
a vida é simples, a gente complica, insight nove mil quatrocentos e treze.
e tudo vai ficar bom enquanto eu puder dizer e fazer exatamente o que eu vou dizer e fazer, respectivamente.
quero estar perto dos meus. mais perto.
é meu karma vagar por aí com minha solidão incurável.
I understand you, Mae, like it was happening to myself...
clash by night
domingo, 20 de dezembro de 2009
Postado por Insigne às 22:20 1 comentários
griⓅada
sábado, 19 de dezembro de 2009
como eu estava falando, estou sofrendo de padecimentos quase que diários.
então meu irmão disse que, desde que ele parou de fumar nunca mais ficou gripado. como eu não fumo, não sei por que diabos estou falando nasalado há 2 dias.
...
minha meta final do ano (para iniciar as próximas), é comprar livros e pegar livros emprestados da bela prateleira na sala dos top do meu trabalho. e ler. e ser feliz.
ficção, ficção, ficção e como fazer ficção.
reality is so overrated.
¡venga!
Postado por Insigne às 13:11 1 comentários
praia
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
/O\/o/\O/
~~~~~~~~~
________
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Psicopatia |
1899 cf. CF1
Acepções
■ substantivo feminino
Rubrica: psicopatologia.
1 distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta comportamentos anti-sociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência
Postado por Insigne às 19:12 0 comentários
sh
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
eu posso ficar falando para as pessoas tudo que eu quiser.
e elas podem não responder também...
é o que elas podem fazer.
apesar de me dar um nó no cérebro.
por que eu faria isso com alguém?
ah, lembrei.
tá bom... fico quieta.
Postado por Insigne às 23:18 2 comentários
minúsculas
as coisas mudaram.
há quem tenho notado que agora eu escrevo só em minúsculas. foi isso que mudou.
desde que minha alma pediu "muda", eu escrevo em minúsculas.
por que é o valor que tudo isso tem, de ser tudo minúsculo.
e também dar títulos de apenas uma palavra. que é a evolução da síntese.
se eu fosse uma mosquinha agora, ia até lá, olhava e tomava um gole de raid. mas não sou, vou ficar aqui...
de todos os meus resgastes, o pior foi a impaciência...
...
mas é um detalhe minúsculo perto de todo o resto.
Postado por Insigne às 15:53 1 comentários
rhapsody
estou tão excitada que tenho vontade de cantar "bohemian rhapsody" alto na rua.
Postado por Insigne às 11:56 0 comentários
yep
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
one, two, check.
well, então eu estava perdida em algum lugar entre ontem e hoje. mas me achei e agora estou aqui...
devorei um livro que alguém disse que eu ia gostar e eu realmente gostei muito. mas adoraria lembrar quem disse que eu ia gostar, tendo em vista o conteúdo do livro. tenho medo... na verdade, não tenho, mas finjo que tenho para fazer charme.
e o último filme que eu montei vai ter uma exibição pública, vejam só vocês ... é bonitinho e foi um milagre. no MIS, sábado (19), às 18h. não é sensacional e puta sacada, mas é bonitinho e é meu denguinho. e eu fiz bons amigos por ele. e depois dele muitas coisas boas começaram a acontecer pra mim.
aliás, queria que as coisas boas continuassem acontecendo, e evoluindo, e nunca parando até que eu me cansasse, mas não está assim. eu tenho que esperar e fantasiar enquanto sabe-se lá por que (ou talvez eu até saiba) as voltas não caem aqui.
quem puder, faça figas por mim. por charme, só por charme.
o desespero eu aguento, o que me apavora é essa esperança... Millôr Fernandes
Postado por Insigne às 13:57 0 comentários
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
often it is the only thing between you and impossibility. no drink, no woman's love, no wealth can match it. nothing can save you except writing. Bukowski
Postado por Insigne às 11:29 3 comentários
sinto
domingo, 13 de dezembro de 2009
solidão.
mas eu preciso. por que só se cura dos vícios passando por suas abstinências...
e estava tudo uma bagunça, então eu lavei toda a louça e todos os recicláveis na pia. e arrumei as roupas jogadas há mais de uma semana.
eu tinha guardado uma blusa que ainda tinha um cheiro que eu queria sentir. mas depois de uma semana, foi-se o cheiro e foi-se tudo...
solidão.
eu entendo essas faltas inexplicáveis.
eu quis estar num show que eu descobri hoje que gostaria, mas não pude. e a noite toda seria minha mais uma vez.
ainda é.
Postado por Insigne às 22:57 0 comentários
sábado, 12 de dezembro de 2009
eu dei ao mundo o melhor que podia dar, a liberdade de ser como fosse...
Postado por Insigne às 22:29 0 comentários
da veia
umas vozes de fundo... bem no fundo. há pelo menos uma quadra daqui.
uma festa, talvez.
e eu tive uma dor inexplicável, passível de medicação.
passou. bastante.
amanhã, com sorte, será nula.
e minha vida fazendo altas declarações de amor para mim diariamente.
o filme que todo mundo amou...
o filme que alguém entendeu.
gee...
não que não doa a veia, as pernas, o abdomen, até o coração... mas o resto todo, está demais!
Postado por Insigne às 01:44 3 comentários
mermão
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
tu aparece todo cheio de marra, olhando pra mim desse teu jeito sei lá.
tu num ti importa comigo, pensa que é meu amigo, mas tu num sabe amá
tu tá na roda errada, falando giria ultrapassada, tentando me impressioná
bora mudar de estrategia, que esse papo num me pega e eu num vo ti enganá
(em breve, cifrada)
Postado por Insigne às 12:55 0 comentários
manhã
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
psss...
e daí tinha que acordar cedo para ir na xcolinha.
a chuva, a noite estranhamente dormida, meu cabelo... tudo querendo que eu desistisse. e eu quase desisti logo de cara.
preciso de um guarda-chuva já que o meu já é metade de um. um daqueles gigantes...
e servem como armas também.
tentando acionar o kundalini.
Postado por Insigne às 10:31 0 comentários
na linha
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
a gente acha que faz nossas escolhas e é isso, o mundo continua igual e só nós que ficamos diferentes...
mentira.
todo mundo muda com a gente. as pessoas reagem, retorcem... e a gente reage e retorce em resposta. num ciclo qualquer de caos.
não.
não de caos, por que eu não me permito viver mais caos.
é tudo simples como é e simples como será.
com todo o caos que queiram me oferecer.
vai ser simples pra mim e pronto.
mundo incógnito...
Postado por Insigne às 18:25 1 comentários
segunda (primeira)
eu esperei ansiosa por essa segunda... e eu nunca espero ansiosa por segunda nenhuma. mas hoje eu queria...
queria por que achei que ia falar com quem eu queria falar... e ia ver quem eu queria ver... e ia sentir o que eu queria sentir...
e um dorzinha filhadaputa amarrou meu estômago e me fez fazer um prato 100% carboidratos no almoço... por que não comer não era uma opção.
e eu só estou escrevendo por que eu sei que se eu desabafar as coisas vão voltar ao que eram ontem...
meu estômago vai parar de doer... minha cabeça vai parar de agir estranhamento e meu coração vai bater bater bater bater loucamente.
hoje é segunda, menina!!! você não estava esperando? chegou!
sorria!
Postado por Insigne às 13:44 0 comentários
dói um pouquinho... por que eu tive essa mania durante muito tempo. de ficar dolorida.
Postado por Insigne às 11:45 0 comentários
velha
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
a vida é cruel...
está sempre testando nosso coração fraco... até que um dia ele não aguenta e pára. puf.
e por mais que eu me ache jovem, notei quando as pessoas pararam de falar "nossa, você parece mais velha" e passaram a falar "nossa, você parece mais nova"... sinal da idade...
e eu queria ser a melhor pessoa do mundo e dizer todas as coisas certas nas horas certas que me faria ter muito dinheiro e amor e amigos... mas não é assim...
eu surto, grito, xingo, falo merda... eu sou uma daquelas pessoas.
e num dia como hoje eu não tenho vontade de gritar, nem xingar, nem falar merda... só de ser uma daquelas pessoas que faz tudo ficar bem... e que parece mais nova do que realmente é... e mais velha também...
merda...
Postado por Insigne às 17:26 0 comentários
sonho
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
hoje eu quero realizar sonhos.
um, dois, três e...
Postado por Insigne às 19:00 0 comentários
quem dá muitas explicações sobre sua independência, de fato, não acredita nela.
Postado por Insigne às 11:52 4 comentários
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
queria ser do tipo que escreve coisas que fazem as pessoas gostarem mais de mim...
unf...
hoje a noite... tento de novo....
Postado por Insigne às 18:28 3 comentários
melhor do que lutar pela independência é praticar a liberdade.
Postado por Insigne às 12:52 0 comentários
quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do faaaaaaaz
quero ver o amor vencer, e se a dor nascer, você resistir e sorriiiiiiiiiir
se você pode ser assim, tão enorme assim, eu vou creeeeeeeeeeeer
que o natal existe, que ninguém é triste, que no mundo há sempre amooooooorrrr
Postado por Insigne às 13:24 0 comentários
Titãs
queria colocar aqui uma música do Titãs que diz muito do que eu queria dizer.
mas os jornais estão de olhos esbugalhados, esperando um escorregão para me massacrar.
então se tudo ficar bem, eu posto isso na semana que vem.
post retroativo.
que é melhor que pedra na cabeça.
enquanto isso, vou ver se consigo destronar Jupiter.
Postado por Insigne às 10:58 0 comentários
smile, you're on candy camera
domingo, 29 de novembro de 2009
ri... agora ou depois.
agora.
Postado por Insigne às 21:08 0 comentários
bala, pirulito e chiclé
Postado por Insigne às 19:52 0 comentários
batatas
comi batata por que há quem diga que batata é o melhor que se come numa hora dessas.
minha adorável (adorável!) irmã caminhou ladeira a cima em busca das batatas. "precisava caminhar", ela disse e eu concordei, não por que ache que ela precisa caminhar, mas por que, se diz que precisa, acredito.
estou assistindo, em sequência, filmes de pessoas muito boas, como os canibais que comem os guerreiros e os sábios para absorver sua força e sabedoria. só não como guerreiros ou sábios por que disseram que batatas seriam melhores numa hora dessas.
o bom de se estar em casa, tomando água de coco e comendo batatas é que posso ficar deitada assistindo filmes de pessoas muito boas e às vezes cochilar. e sonhar que estou fazendo bobagens e dizendo o que não quero dizer. sonhar é sempre melhor do que fazer.
Postado por Insigne às 12:55 0 comentários
cama
sábado, 28 de novembro de 2009
estou viva, mas continua morrendo... uma virose, acredito, ou algo pior.
não sei quem inventou o celular, mas eu queria ressaltar mais um vez que eu odeio essa pessoa. péssima ideia. a qualidade de vida era muito maior antes dele.
eu tenho coisas para fazer e tenho medo de levantar da cama.
eu tenho coisas para dizer e tenho medo de levantar da cama.
e quando eu vou saber o momento certo de agir?
Postado por Insigne às 10:49 1 comentários
resting in peace. not.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
estou fadada a clicar nos mesmos botões tantas vezes até as páginas sairem do ar e eu não ter mais nada para fazer...
meu corpo dói... aquela sensação da gripe... aquela sensação da morte, talvez. rá.
se fosse em outro lugar diriam "ai, nao fala isso". mas aqui eu posso falar...
eu gosto de fazer piadinha do mau...
e é bom q eu faça, afinal talvez eu morra. rá 2.
estou tentando cuidar da minha alma e talvez tenha esquecido do meu corpo.
se eu não mandar sinal de vida até segunda, chamem os bombeiros.
Postado por Insigne às 19:48 1 comentários
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
A esperança é a última que morre...
Postado por Insigne às 17:05 0 comentários
mas isso por que eu sou daquelas pessoas retardadas emocionalmente que gosta do Cântico Negro. ou isso, ou pior...
Postado por Insigne às 10:34 0 comentários
Sonho, como sempre.
Fui dormir mais cedo do que poderia, tão cedo quanto gostaria.
Não recebi as ligações que disseram que fariam. Pude dormir e tudo bem.
Recebi outra ligação. Das que eu não sabia que viriam. Mas eu já dormia...
Não lembro o que disse cá, não lembro o que disse lá.
Sonhei que não havia querer algum que pudesse me tirar o sono.
Sonhei que o despertador tocava só depois de eu acordar.
Na realidade, sobrevivi a mais um daqueles "não"s que a gente acha que não existem.
Que não existem mesmo.
Na realidade, vivi uma pequena ilusão.
Perdoei-me. Faria o mesmo se fosse eu. Fiz.
Compreendo.
Então hoje eu acordei mais feliz, mais satisfeita, sem ilusões.
Acordei. E o despertador tocou, logo depois.
Por favor, não entenda. Antes de mim, não entenda.
Kin do dia: Kin 126 - Enlaçador de Mundos Solar Branco | |
Pulso com o fim de igualar Realizando a oportunidade Selo o armazém da morte Com o tom solar da intenção Eu sou guiado pelo poder do espírito 'Desligar-se da atadura dos desejos é a oportunidade da tua realização.' |
Postado por Insigne às 10:16 0 comentários
Maaaais
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Estou latejando no corpo todo.
Com uma vontade de voltar no tempo e gritar. Gritar mais.
Embasbacada com o tamanho de certas coisas.
Meu braço dói aqui e aqui também. Devo ter dormido tensa.
Meu deos...
Que vontade que eu tenho de ter mais.
Atirem as pedras em mim...
Pf... Muito mais.
Postado por Insigne às 17:55 0 comentários
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
ai, quanto querer cabe em meu coração?
Postado por Insigne às 18:49 1 comentários
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Eu amo estar amando!!!!
Postado por Insigne às 15:41 0 comentários
Amo
Eu amo a complicação que é a vida e as pessoas!
Eu amo desvendar os mistérios da consciência.
Eu amo estar com pessoas que pensam como eu e acham que são diferentes de mim.
Eu amo as possibilidades todas que existem no mundo.
Eu amo poder deitar a noite e só me preocupar de manhã.
Eu amo não me preocupar nem de manhã.
Eu amo querer amar mais.
Postado por Insigne às 12:27 0 comentários
Miss Take e Sir Cuit - Não sabe
Eles estavam em silêncio sentados na calçada há mais de meia hora.
- Posso falar uma coisa?
Ele não respondeu, apenas olhou-a, esperando.
- Acho que você complica as coisas demais.
- Por que você acha isso?
- Porque eu não vejo todo esse problema. Acho que se a gente olhasse tudo e sorrisse, e fizesse disso uma prática, não precisaríamos mais ter esse tipo de conversa.
Ele virou a cabeça para o outro lado como se não quisesse mais ouvir. Ela se calou.
- Não é tão simples assim. Eu...
- Você não. Desencana de você. Tudo que dá de errado nesse mundo, dá errado por que as pessoas insistem em pensar apenas nelas.
- Eu sei, mas eu estou falando que eu...
- Não diz que você sabe. Você não sabe. Eu tô tentando explicar aqui.
- Você não vai deixar eu falar?
Ela respirou fundo e abaixou a cabeça. Ele continuou.
- Pra mim não dá.
- Eu entendi.
Ela tinha entendido que para ele não dava, mas nunca ia compreender como alguém podia ser tão cabeça dura.
- Eu sei que...
- Você não sabe.
Ela se levantou, entrou no carro e foi embora. Ele ficou lá sentando mais meia hora, depois levantou e foi caminhando para a casa que era muito longe dali.
Postado por Insigne às 12:21 0 comentários
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
quanto se pode não saber em paz?
Postado por Insigne às 11:47 0 comentários
Nada
Uma dor terrível nos sinos... Minha cara inteira como se estivesse sendo pisada por um daqueles tênis de tracking! Geezus!!!
Ok.
Cinzas pelo meu edredon mais-velho-do-que-eu-própria-novo. Não sei se incenso ou eu... Cinzas de mim.
Tarde da noite. Não devia, mas parece que pode. Vou ficando...
Um estado tal que... Doem-me os sinos, definitivamente.
Os olhos também...
Talvez seja tarde demais.
Talvez eu devesse esquecer...
O que também não significa nada!
Postado por Insigne às 02:20 0 comentários
Pés/mãos
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Eu tenho medo de mim. Das coisas que eu posso fazer. Na verdade, das coisas que eu não posso fazer... Medo que eu as descubra tarde demais.
Eu não enxergo os limites. Eu compreendo todos os pontos de vista dentro do meu ser. Meu ponto de vista é infinito. Ao meu redor. Às vezes, atordoa.
"Uma vida é pouco", disseram...
Hoje eu sonhei que a vida era como eu queria. Mas não me lembro do sonho.
Minha vida é sempre uma soma de tudo que eu quero. E eu quero coisas que não se encaixam. Que não combinam.
Ou talvez eu não saiba nada. Talvez eu ache que as coisas não combinam, quando elas combinam. Talvez eu ache que devo ficar quieta, quando na verdade deveria falar.
"Você devia falar", disseram...
Eu boto os pés pelas mãos. É o que eu faço melhor. Juntas elásticas. Até que se rompem.
A vida está normal. Não, não está normal. Está muito boa. Muito melhor do que qualquer outro momento que eu tive a chance de viver. Mas nós temos nossos poréns. Sempre há algum porém. Sempre há algo que podia ser melhor. E a força nos puxando para dentro de nós mesmos... Os pés, pelas mãos.
Eu devia rezar mais, refletir mais...
Existem prazeres que não estão na carne, que não estão nos fatos. Existem coisas que não precisam ser realizadas para serem puta acontecimentos nas nossas vidas.
Nem tudo é ação, nem tudo é poder...
Eu tenho tudo.
Só eu posso entender...
Só eu posso fazer.
Postado por Insigne às 19:53 2 comentários
Calmipax
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Eu gosto dos amigos que tenho. Ou eles vivem histórias engraçadas ou as inventam. Ou inventam histórias e vivem nelas...
Eu gosto da minha família que sempre me diz que eu não devia me importar com nada do que eu me importo. E sempre quer comer comida boa. E, às vezes, eles não ouvem o que eu estou falando, mas tudo bem por que daí eu posso repensar.
Eu gosto do meu trabalho. Finalmente, eu parei de dormir 10 horas por dia e agora eu conheço a parte festeira da cidade. E eu trabalho com pessoas que vivem no mesmo mundo que eu.
Eu gosto do lugar onde eu estudo. Todo mundo quer falar dos assuntos que eu quero falar e todo mundo quer ouvir os assuntos que eu quero ouvir. E eles são como eu, estão perdidos, encontrando-se.
Eu gosto do meu carro. Ele é um carro de gente importante e tem ar condicionado. No calor do fim do mundo, é sempre bom ter ar condicionado. E eu posso ir em qualquer lugar que eu quiser sem falar nada pra ninguém.
Eu gosto da minha casa. Eu posso brincar de dormir no mesmo quarto que a minha irmã, mas a gente dorme em quartos separados. E eu acordo e não tem ninguém me perguntando coisas enquanto eu ainda, de fato, não acordei.
Eu gosto do CALMIPAX. Eu fiquei pensando em uma porrada de coisas escrotas para escrever e não publicar. E agora eu posso ficar dizendo quanto eu gosto de tudo e deixar as coisas escrotas pra lá.
Postado por Insigne às 17:35 0 comentários
domingo, 8 de novembro de 2009
often it is the only
thing
between you and
impossibility.
no drink,
no woman's love,
no wealth
can
match it.
nothing can save
you
except
writing.
Bukowski
Postado por Insigne às 22:53 0 comentários
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Estudo diz que mau humor e tristeza afiam inteligência
Postado por Insigne às 16:17 1 comentários
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
tu *silêncio* oo
Postado por Insigne às 17:59 0 comentários
Momento Ego
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Quanto mais eu leio as coisas que escrevo, mais eu gosto de mim mesma...
Postado por Insigne às 11:25 3 comentários
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir – nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.
Clarice Lispector
Postado por Insigne às 18:28 1 comentários
Barra de Texto!
Descobri como diabos fazia para alterar a barra de edição de texto dessa porcaria de do blog.
Eu sou uma pessoa mais feliz!!!
Agora todo mundo vai me entender!!!
Agora todo mundo vai me entender!!
Postado por Insigne às 15:53 2 comentários
Miss Terious & Sir Vival - Nem saber
- Eu já disse que não.
- Por que você sempre tem que dizer não sem saber o que é.
- Eu não quero saber o que é.
- Mas se você pensasse um pouco...
- Não!
- Você só teria que...
- Não!
- Tá bom, deixa, eu me viro.
(...)
- O que você vai fazer?
- Você não quer saber...
- Eu quero.
- Eu fiquei aqui meia hora tentando dizer e você que não queria saber, que foi agora?
- Se você precisa de ajuda...
- Como você pode dizer isso? Eu estava dizendo que precisava de ajuda antes!
- Mas eu estava pensando em outra coisa...
- Você sempre está pensando em alguma coisa que não tem nada a ver com o que eu estou falando! Deixa...
(...)
- Não quer dizer mesmo?
- Terious, deixa para lá, por favor.
- Mas agora eu...
- Agora eu já pensei a solução.
- Você está bravo?
- Estou.
- Por que?
- Dou três chances pra você adivinhar...
Postado por Insigne às 14:40 1 comentários
Recipe thoughts
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
I left my heart at the kitchen sink
And went out to have some drink
When I came back, what a surprise
They used my heart to make a pie
Postado por Insigne às 11:57 0 comentários
Bolo de banana
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
- Bolo de banana - ela disse ao moço da farmácia que permaneceu estático, olhando-a.
- Desculpe, como?
- Bolo de banana ou algum genérico...
- Senhora...
Ela deu uma risadinha debochada.
- Não imagine que eu vim até a farmácia para comprar bolo de banana, por favor.
O moço da farmácia levantou uma das sobrancelhas, ela riu de novo.
- Pode ser alguma coisa com o mesmo efeito. - completou com um ar esclarecedor.
- E qual seria o efeito, senhora?
Ela fechou os olhos e sorriu.
- A mãe chega em casa depois do trabalho, você estava morrendo de saudade da sua mãe, ela lhe dá um beijo e um pedaço de bolo de banana que comprou de uma velhinha que sempre passa por lá. Você mastiga a primeira mordida e pensa em comer todo o resto do bolo de uma só vez. A massa é muito macia, as bananas que o recobrem deslizam pela sua língua. Sua mãe te chama de "lindinha" e você rouba só mais um pedacinho do bolo escondida.
Quando ela abriu os olhos o moço da farmácia estava com o mesmo olhar estático de antes. Então, ele se abaixou e levantou uma caixinha branca e preta com um hexágono azul.
Ela leu o nome Bromazepan e sua expressão serena se modificou.
- Você está doido? Como pode me dizer que isso... Aonde está o gerente? Oh, esqueça!
Ela saiu apressada pela porta da farmácia enquanto o moço balançava a caixinha no ar.
- Vou deixar separado para a senhora!
Postado por Insigne às 13:40 3 comentários
Noite de show
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Com vontade de pular o dia
Chegar a noite
Amar-te lá
Tremer teu medo
Sorrir tua alegria
Beber da tua boca
E apoiar-me nos teus braços...
Com vontade de pular o dia
Amar à noite
Chegar até lá...
Tremer de alegria
Sorrir do teu medo
Beber nos teus braços
E apoiar-me na tua boca.
Com vontade de pular o dia!
Chegar na tua boca
Amar tua alegria
Tremer nos teus braços
Sorrir para a noite
Beber sem medo
E apoiar-te. Até lá!
Postado por Insigne às 10:50 1 comentários
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Às vezes a gente acha que não vale a pena se controlar.
Todas as vezes a gente se arrepende disso...
Postado por Insigne às 14:12 0 comentários
Leminski
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Acho Leminski um cara foda.
... e some tudo que não é bom!
Postado por Insigne às 11:51 2 comentários
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Enquanto eu estava sendo muito, muito feliz...
Postado por Insigne às 10:26 0 comentários
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Dum email que eu mandei hoje
"Sou um instrumento, imagino. E minha vida há de ser uma ópera qualquer, um drama musical.
Que outra parceria poderia se fazer com um pianista?
Ah sim, toca-me...
E num instante, percebo minha erudição."
Postado por Insigne às 18:13 3 comentários
Numa outra manhã dessas...
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Minhas pernas doem como há 5 anos atrás escrevi que doiam...
Antes era uma história de academia, paturrilhas (que eu nem sabia que podiam doer na época) e depois restaurantes, glamour e chefes (chefs) sem noção.
Hoje é tudo diferente... Há mais de um ano não passo pela academia o que faz com que minhas costas fracas lembrem algum desenho da Disney, estou fugindo dos restaurantes e torcendo para que haja algum outro tipo de glamour que pareça-se com aquele. Da mesma forma, fugi de chefes (apenas com "e" depois daqueles) sem noção e agora sento tranqüila na minha cadeira de trabalho todos os dias pela manhã. Exceto pelas costas que doem, e as pernas hoje.
(Corri para a janela, pois alguma coisa com sino fazia barulho lá fora. Não acreditei que, que diabos, uma vaca pudesse estar passando na rua a essa hora, enlouquecendo os cachorros nas casas. Não. Era apenas um velhinho com uma frigideira e algo mais, fazendo o barulho de uma vaca com sino enquanto anda.)
Pff... E o café com leite do Mc vem com nata.
Postado por Insigne às 10:19 0 comentários
Hoje é o último dia que eu uso palavras
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Ou não.
Postado por Insigne às 12:22 2 comentários
A Bout de Souffle
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Ele devolveu o jornal para ela.
- Não quero, não tem horóscopo.
- O que é "horóscopo"?
- É o futuro. Eu quero saber o futuro. Você não gostaria?
- Claro.
E mudaram de assunto. Ou não.
Postado por Insigne às 11:25 4 comentários
Kin do dia:
Kin 70 - Cachorro Harmônico Branco
Potencializo com o fim de amar
Comandando a lealdade
Selo o processo do coração
Com o tom harmônico da radiação
Eu sou guiado pelo poder do infinito
'A verdadeira amizade comanda a lealdade do coração, no centro de meu ser.'
Postado por Insigne às 10:38 1 comentários
Eu (de novo)
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Talvez tenha sido a dor nos pés que tenham me feito pensar que tomar banho e dormir era o melhor que eu fazia.
Fiquei sonhando com o friozinho na barriga. Com as frases banais que nos causam arrepio, que nos fazem pensar a noite inteira que a vida é uma graça mesmo.
Acordei cedo demais. Machuquei os dedos com as chaves dos cadeados por que são tantas chaves e tantos cadeados que a gente acaba por testar todos antes de conseguir abrir.
E fiquei ansiosa que mais daquela graça acontecesse em minha vida...
Estou querendo ouvir aquelas coisas geniais que se ouve quando alguém fala alguma poesia, ou conta a cena de um filme... Estou querendo ouvir uma música que fale de nós todos com graça...
Eu sempre querendo tanto certas coisas que a lógica faz arrepender.
Se eu pudesse acordar tarde, tomar um café com leite, ver a TV pela manhã, depois sair para buscar alguma coisa legal, eu buscava você e pedia "fica comigo até o próximo café da manhã?". E então nós poderíamos trocar poesias e rir do frescor de tudo.
Sou só eu, achando que posso mais uma vez...
Minha grande ternura
Pelos poemas que
Não consegui realizar.
Manuel Bandeira
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Expressão
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
por Paulo Leminski
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Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.
Álvaro de Campos
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Tarot
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
O tarot disse que tudo vai se resolver.
Eu acredito!
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When things are big
That should be small
Who can tell what magic spells we'll be doing for us.
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domingo, 20 de setembro de 2009
Eu escrevi no meu armário há uns muitos anos atrás "quem reclama do que não tem, não aproveita o que tem". Tão sábia eu era e não sábia.
Tão ignorante eu sou que nem sei...
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Um texto batido...
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Na minha infância, a gente se reunia e pensava em alguma coisa legal para fazermos juntos. Teve uma vez que pegamos pedaços de madeira e pintamos com guachê para vender para as velhinhas passantes. Não vendemos nenhum, mas pelo menos a gente curtiu.
Agora não, agora a gente não curte nada e tem que vender tudo... E é tudo muito batido.
A gente acorda e faz a mesma seqüência de movimentos todos os dias. Desliga o despertador, cochila mais cinco minutos, senta na cama, coloca a pantufa, vai até o banheiro, faz xixi, escova os dentes, lava o rosto, vai pro quarto, liga o computador, troca de roupa, checa os emails, desliga o computador e sai de casa para pegar um trânsito mediano.
E nem trocar de roupa torna as coisas melhores, por que a gente tem aquelas mesma roupas de sempre. E daí a gente gasta mais mil reais em alguma loja e depois de uma semana são as mesmas roupas de sempre...
Tudo batido.
O pessoal acha que faz poesia, mas só fala a mesma coisa. Todo mundo acha que sofre bonito, que ama bonito...
T.S. Eliot já dizia "poetas imaturos imitam, poetas maduros roubam". Por isso que eu não me atrevo a rimar porcaria nenhuma. Mais. Se quiserem ler poesia bonita eu escrevo. Escrevo Álvaro de Campos, Leminsk, Bukowisk, Vinicius de Moraes, Drummond... E estou certa que todos eles por serem bons, também já estão batidos.
Essa história de saber que existe uma grande sabedoria sobrevoando nossas cabeças e que somos todos ignorantes tentando ser boas pessoas nesse mundo, blé, está muito, muito batido.
Hoje eu vou tomar alguma coisa e esquecer que tudo é igual, que todo mundo é igual e amanhã vai ser igual. Espero que vendam alguma bebida que não seja batida.
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Conheça as pessoas pelo que elas fazem e não pelo que elas dizem. As palavras são como cartões de visita, sempre bem bolados, uma beleza. Porém, na prática é que as pessoas demonstram verdadeiramente a que vieram.
#sabedoriasdohoróscopo
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Voar, voar!
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Depois de ouvir Blackbird, transcrevi uma cena de "Pássaros" do Hitchcock para a aula de roteiro.
A vida é bela...
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De passagem
terça-feira, 15 de setembro de 2009
No balcão de informações da rodoviária.
- Oi.
- Olá! Boa tarde.
- Será que você pode me ajudar?
- Pois não.
- Eu namoro há sete anos...
A balconista franze a testa.
- ... meu namorado, não sei, anda estranho.
- Olha senhora...
- Não, eu explico!
- Pois não.
- Ele não está estranho agindo estranhamente comigo, ele está estranho como se eu o sentisse estranho sabe?
- Senhora, nós não...
- Mas não que o problema seja comigo, sabe? Eu ando bem acertada, como nunca antes.
- Por favor, senhora.
- Desculpe, mas é que está me tirando o sono, não saber o que fazer. O que você acha?
- Senhora, tem algumas pessoas na fila.
Ela olha para trás.
- Estou vendo, você vai me ajudar?
- Será que a senhora pode esperar?
- Posso... (...) Posso! Muito obrigada!
Ela sai.
A balconista fica estática por um instante, depois dá de ombros.
- Próximo, por favor.
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As pessoas querem ser objetivas...
Mas os sentimentos são subjetivos...
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Eu estava em casa, mas alguém tocava o violão lá fora mesmo assim...
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Da janela, que havia entre opostas fachadas
Se via uma mesma calçada
Botando opostos pra andar
Vem o tempo, passa mão de tinta na gente
Janela que é velha não entende...
La, la, la, la, la, la, la, la...
Aonde será que está o que eu quero dizer?
Postado por Insigne às 18:20 0 comentários
À Lascívia
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Descobri-te aos poucos, quase tarde, em minha vida. Inconscientemente santificava-te, desconhecida. Olhava-te de relance por entre minhas vontades na multidão. Sonhava-te minha, úmida e secreta. Tocava-te devagar por sobre a roupa, mas não me entendiam os passados e, pois, chegamos como somos nesse futuro.
Num gole qualquer, embriaguei-me de tua saliva e deite-me, tremendo, ao seu lado... Rasgou-me por dentro, bendita, abriu-me a alma para o mesmo novo de todos. E então, perdi-me. Insana, busquei-te nas brutezas dos fracos e nas promessas dos tolos.
Amei-te loucamente como se só em ti houvesse deleite...
Então descobri o ópio das tardes da juventude e quase me esqueci de onde vieras. E então parei, exausta, descansando em teu lado puro.
Lembro-me das tuas vestes vermelhas, o suor que escorria, a dor... Sinto-te intensa ainda quando viajas em minha memória. E é na volúpia de seu toque que não começa nem finda, que adentrarei às madrugadas, bradando ansiada, amor!
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Adoça
raciocinei muito meus pulsares
endureci um pouco desse lado...
embruteci?
resgato-me, doçura discreta
olhar de poeta
amar por amar...
Postado por Insigne às 12:52 0 comentários
Sexta de manhã
Num ninho de magafos tinham três mafagafinhos. Quem conseguir desmafagafá-los, um grande desmafagaficador será.
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Cabreuva
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Desliguei o telefone com ele e disse para o meu chefe "desculpe, não posso mais". Teria dito isso a ele se não tivéssemos desligado logo. Foi bom. Por outro lado, meu chefe pareceu não entender:
- O que aconteceu? - ele disse, um pouco preocupado.
- Estou com uns problemas.
- Você precisa de alguma coisa?
- De um dia de folga.
- Você não quer dizer o que está havendo?
- Não, hoje não.
Arrumei minhas coisas rapidamente, envergonhada por estar saindo assim, sem que ninguém pudesse dar uma boa explicação para aquilo. E nem eu.
Já passara por louca outras vezes em outros trabalhos, já saí por passar mal, por estar aos prantos, mas por não estar nada além de desesperada, nunca.
Joguei todas as coisas no porta-malas do carro e olhei a esteira de praia que estava lá. Eu havia deixado a esteira no porta-malas com o pensamento "caso qualquer coisa" e achei que aquele momento era a própria definição de "qualquer coisa" acontecendo.
Meu chefe estava na janela, insistiu em oferecer ajuda com o que quer que fosse. Eu sorri um sorriso amarelo e agradeci. Entrei no carro e fui.
Não sabia bem ao certo para onde iria, mas estava aliviada de não TER que ir a lugar algum. Aproveitei para desligar meu celular de modo que todas as linhas de pensamento que surgissem pudessem ser completadas sem interrompimentos.
Peguei a marginal, dirigi em silêncio por cerca de 20 minutos depois me lembrei do rádio. Liguei-o. Um música feliz e contente tocava. Desliguei-o. Achei o barulho já era alto demais dentro da minha cabeça.
Comecei a ler as placas. Decidi, pararia em qualquer cidade na qual eu nunca pensaria em parar em qualquer outro momento da minha vida.
Segui as direções até Cabreúva, cidade que, fiquei sabendo depois em busca ao wikipedia, não tem mais de 45 mil habitantes.
Dirigi um pouco pela cidade e parei na praça principal, onde uma igrejinha muito simpática me convidava para sentar-me em sua escadaria. Não havia mendigos, pedintes, vendedores ambulantes... Só aquelas pessoas de cidade do interior com a sua calma inabalável. Tudo que eu procurava.
Peguei a esteira no porta-malas e pousei-a no degrau mais alto da escada ao lado de um pequeno poste de luz. Senti muito por não ter um livro para ler, mas decidi que tinha mesmo é que pensar nas coisas na minha vida e não em outras histórias fantásticas.
Vigiei e fui vigiada por alguns cabreuvanos que provavelmente nunca tinham visto alguém chegar assim no meio da tarde do meio da semana. Depois de um tempo, foi como se eu fizesse parte da decoração da igreja.
Pensei no meu chefe, o que será que estaria acontecendo na empresa naquele momento? Será que ele precisava de mim? Será que eu já havia perdido o cargo? Percebi que não haveria evolução nenhuma em me preocupar com isso, já que não existia nada, de fato, que pudesse ser feito naquele momento em Cabreúva para mudar as coisas.
Comecei a pensar em mim e nele, nas coisas que ele me falou. Ele estava passando por uma crise existencial, eu também, e o costume de não nos entendermos é que nos fazia ficar ainda mais em crise ainda.
Respirei fundo. O cheiro de Cabreuva era algo como pipoca com terra. Deitei-me na esteira.
Agora tinha certeza que os passantes olhavam-me e comentavam, mas resolvi que não iria me incomodar com isso.
A visão do céu, que tinha algumas nuvens brancas, com a cruz no topo da igreja fez com que eu sentisse uma paz momentânea. Depois perguntei, como se para alguém com que eu pudesse conversar naquele momento "que faço?".
Meu coração deu uma batida mais forte, tive medo de estar tendo um troço em plena Cabreuva, mas depois vi que talvez fosse apenas um rompante de apreensão.
Eu não deveria estar ali, eu não deveria estar me perguntando o que fazer, eu não deveria nunca ter abandonado meu trabalho daquele jeito, não devia ter ligado para ele naquela tarde, não deveria, não deveria.
Agora já era tarde demais, pensei, eu não sabia o que diria para meu chefe e nem para ele quando voltasse. Eu não sabia mais o que era certo fazer, depois de ter feito o que estava feito.
Neste momento, um homem cobriu minha visão da cruz de igreja com a cabeça.
- Ô, moça, a senhora está bem?
- Não.
- Tá sentindo mal? Zonzeira?
- Não.
- Tá sentindo o que? Quer que eu ajuda a senhora a ir até o PS?
- Não, tô sentindo mal do sentimento.
Ele ficou lá parado, olhando-me como se eu o houvesse xingado, quieto. Depois sentou do meu lado na esteira, eu sentei novamente e permaneci quieta, olhando-o. Havia satisfação em um cabreuvano ter se importado comigo.
- Olha, moça, eu tava noivo da moça mais bonita dessa cidade, na minha humilde opinião, ela trabalhava no salão ali do outro lado, um dia ela chegou em mim e disse que ia pra São Paulo, eu disse que não queria ir, eu tenho meus trabalhos aqui, minha mãe, ela só disse que sabia que eu ia dizer isso e foi...
Interrompi a história um pouco confusa.
- Como você sabe que meu mal tem a ver com amor? - perguntei incrédula.
Ele me ignorou.
- Fiquei uns quinze dias chorando, dia e noite, pensando que devia ter ido pra São Paulo com ela, que devia ter largado minhas coisas e feito tudo pelo meu amor, devia ter conversado melhor, sabe? Depois desses quinze dias, um colega meu me chamou de canto e me falou o seguinte "oia, eu sei que você tá sofrendo por causa dela, mas se ela for tua, ela volta aqui e diz que dá jeito de você ficar la com ela, ou chega aqui e conversa um jeito de ficar aqui mesmo, sabe? quando a pessoa nao é sua, nao tem como, meu amigo, o que um não que dois não faz". E daí eu pensei que ele tava mesmo certo, sabe. Que dói a gente não poder agradar a pessoa que tá com a gente, mas a vida tá aí, tem como fazer de tudo se a pessoa quer mesmo, se não quer não faz. E daí eu voltei a trabalhar, ainda sentia tristeza, mas tava pensando que era aquilo que era pra eu viver, coisa do meu destino, pra eu contar na minha história, sabe?
De repente, eu soube. Olhei-me naquele lugar, sentando com aquele cabreuvano desconhecido que, do nada, resolveu contar-me da sua vida e o desespero passou num instante e voltou no outro.
Levantei num supetão.
- Olha, moço, eu entendi. Muito obrigada pela ajuda.
- Não a de que. Se a senhora quiser tomar um café, a gente pode sentar no Cheiro de Mato ali.
- Não posso, eu preciso mesmo ir.
- A senhora vai pra onde agora?
- Pra São Paulo.
A expressão dele ficou um pouco soturna, depois relaxou. Ele deu um sorriso amarelo e abaixou o olhar.
Toquei-o no ombro.
- Obrigada mesmo.
Ele só balançou a cabeça.
Joguei a esteira no porta-malas de novo e dirigi em alta velocidade de volta. Precisava dizer para ele que a gente ia fazer qualquer coisa se ele quisesse e se ele não quisesse fazer nada mais, era o que a gente tinha que viver.
Chegando de novo na entrada da marginal, peguei meu celular, eu ligar, eu ia dizer.
Tentei ligá-lo, mas não funcionava. Tirei a bateria, recoloquei, bati, abri, fechei, não ligava.
Quase arrancando os cabelos de nervoso, com a solução da minha vida na ponta da língua e eu não poderia dizer. O que eu faria, o que eu faria.
Olhei o trânsito da marginal e disse:
- Calma!
De repente, deu-me um estalo. Calma, de fato, era só isso que eu poderia fazer, ter calma, com tudo, com a história toda.
Dei um risinho, debochando de mim mesma. Eu fui até Cabreuva, ouvir as desilusões de um cabreuvano qualquer, para entender o que eu devia fazer no trânsito da Marginal?
Estava indo muito longe... Eu sempre ia muito longe...
Postado por Insigne às 16:37 0 comentários
Semeia com amor
Kin do dia:
Kin 36 - Guerreiro Planetário Amarelo
Aperfeiçôo com o fim de questionar
Produzindo a intrepidez
Selo a saída da inteligência
Com o tom planetário da manifestação
Eu sou guiado pelo poder do florescimento
'Ó viajante, ó questionador, a perfeição está em ti; semeia com amor.'
Postado por Insigne às 16:00 1 comentários
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões
Postado por Insigne às 18:31 1 comentários
Velhas novas
Comecei a organizar minhas coisas que estavam empilhadas há um tempão, afetando o modo como eu via meu lugar...
Tinha mágoas guardadas em caixas velhas que já criavam mofo. Fitei-as com pesar, sabendo que teria que me livrar delas, que já não valeriam nada depois desses anos. E que depois de mais alguns anos, valeriam menos ainda. Perdoei-me por sentir-me mal, mas coloquei tudo junto com as outras tralhas.
Achei alguns medos escondidos atrás da minha baixa auto-estima, puxei-os com força, organizei todos em ordem crescente e fui dispensando um a um, nessa ordem, perguntando-me "por que diabos eles estão guardados há tanto tempo?".
Eu sou o tipo de pessoa que se apega ao passado, que coleciona coisas, que não esquece dos acontecimentos. Meus armários estavam lotados de coisas algumas até que eu já nem sabia que existiam.
Tirei dos armários mais altos resquícios de atitudes que nem eram minhas. Que devo ter pego emprestado de alguém há muitos anos atrás e trouxe comigo, mudança após mudança. Tentei lembrar de quem era cada coisa, mas desisti depois que pensei que os próprios donos poderiam achar aquilo meio fora de moda. Tudo para o lixo.
Em um gaveteiro, encontrei umas 3 ou 4 teimosias, quase sorri, mas segurei-me. Não havia nada de engraçado. Estavam a tanto tempo lá que eu precisei fazer um força sobre-humana para tentar tirá-las das gavetas. Por fim, joguei o gaveteiro todo fora para não correr o risco de guardar lugar para alguma outra teimosia nova.
Houveram coisas que tive dúvida se eram tralhas ou parte da decoração, houveram algumas que eu joguei fora ainda com dúvida. Meu consolo foi que o melhor mesmo é tentar uma nova decoração de vez em quando...
Depois que tudo estava do lado de fora, pronto para ser dispensado dei uma nova olhada no lugar. Parecia maior. Faltava lugar para se encostar, mas depois vi que era melhor exercitar meus músculos e sustentar-me em minhas próprias pernas.
Fiquei feliz com a possibilidade de encher o lugar de coisas novas e melhores do que as velhas coisas que eu já sabia de cor. Empolguei-me com a nova sensação que o lugar poderia agora causar. Com o espaço que poderia conter mais pessoas...
Abri as janelas e as portas para o novo ar circular pelas coisas que haviam ficado, minhas coisas boas indispensáveis.
Pensei em fazer uma festa, chamar todo mundo, avisar que as coisas estavam diferentes. Depois notei que talvez eu devesse me acostumar com o lugar primeiro, tentar colocar um ou outro quadro novo na parede. Deixar o tempo fazer eu chamar o novo lugar de meu naturalmente.
Levei tudo para fora e voltei. O novo ar, o espaço, a falta de certas coisas tinha deixado o lugar também um pouco mais frio...
Procurei desesperadamente por uma coisa que tinha certeza que não tinha jogado fora, que deveria estar ali em algum lugar perdida. Depois de algum tempo encontrei-a em partes, espalhadas por todo o lugar. Minha esperança estava em cada canto que eu havia remexido. Coloquei-a nos ombro e, apesar de leve, melhorou muito a sensação para o momento.
Tive certeza nesse momento e disse alto para inaugurar "vai esquentar, precisa esquentar."
Postado por Insigne às 11:46 1 comentários
terça-feira, 25 de agosto de 2009
por que a internet faz isso com a gente?
saaaai
me largaaaaaa!
Postado por Insigne às 17:42 1 comentários
sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos a fora
calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa
Leminsk
Postado por Insigne às 11:42 1 comentários
Ápice
...o mundo para de rodar e só existe uma explosão entre nós!
Postado por Insigne às 15:45 0 comentários
sábado, 22 de agosto de 2009
Agir é diferente de reagir. Reagir é um espasmo do sistema nervoso, um resquício de animal em nossa estrutura humana. Agir requer planejamento em nome de objetivos e, por isso, significa elevar-se e tornar-se digno.
Postado por Insigne às 14:05 0 comentários
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
chuááááá
balde de água fria atrás de balde de água fria
ainda bem que eu saí agasalhada hoje
Postado por Insigne às 16:07 1 comentários
Toca Raul!!!
O texto que segue está no manifesto/gibi A Fundação Krig-Ha, distribuído no primeiro show de Raul em SP, em 1973.No ano seguinte, todas as cópias desse manifesto seriam recolhidas pela Polícia Federal e queimadas como "material subversivo". Raul foi preso e torturado pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e é "convidado" a se retirar do país.
* Prefácio - Nós vos saudamos, Maria. Nós Vos Saudamos José. E nós saudamos os artistas brasileiros que tiveram o silêncio do resto do mundo quando seus trabalhos e seus corpos foram censurados, mutilados desaparecidos.
* Manifesto:
1 - O espaço é livre. Todos têm direito de ocupar seu espaço.
2 - O tempo é livre. Todos têm que viver em seu tempo, e fazer jus às promessas, esperanças e armadilhas.
3 - A colheita é livre. Todos têm direito de colher e se alimentar do trigo da criação.
4 - A semente é livre. Todos têm o direito de semear suas ideias sem qualquer coerção da INTELEGENZIA ou da BURRICIA.
5 - Não existe mais a classe dos artistas. Todos nós somos capazes de plantar e de colher. Todos nós vamos mostrar ao mundo e ao Mundo a nossa capacidade de criação.
6 - "Todos nós" somos escritores, donas-de-casa, patrões e empregados, clandestinos e careta, sábios e loucos.
7 - E o grande milagre não será mais ser capaz de andar nas nuvens ou caminhar sobre as águas. O grande milagre será o fato de que todo dia, de manhã até à noite, seremos capazes de caminhar sobre a Terra.
* Saudação final do 11º manifesto:
- Sucesso a quem ler e guardar este manifesto. Porque nós somos capazes. Todos nós, todos nós somos capazes.
Escrito por: Raul Seixas, Paulo Coelho, Sylvio Passos, Christina Oiticica, Toninho Buda, Ed Cavalcanti
Postado por Insigne às 13:44 0 comentários
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Vagando pelas horas em idéias que se perdem aqui e ali.
Quero tanto o que tão pouco sei...
E leio que o que sou é só o que penso que sou. E sossego.
Postado por Insigne às 16:35 3 comentários
sem ponto final
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
eu estou completamente decidida
mais decidida que uma partida de futebol nos 48 do segundo tempo
mais decidida que um prêmio depois que o juri deu sua posição
eu não vou chorar, eu não vou sofrer, não vou me abalar
fato é fato, eu não vou fugir
minha vontade é clara, meus motivos são óbvios
lembrei-me do que me disseram, lute pelo que você quer, não se deixe abalar
então eu tomava um suco de almoço as cinco da tarde e decidi
completamente decidida
Postado por Insigne às 17:31 0 comentários
De dentro da brusquila
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Então tudo aconteceu de repente.
Eu estava aqui vendo que emails bombásticos poderiam adentrar minha caixa postal sobre o trabalho zicado que adentrava o final de semana, quando uma mensagem de um novo amigo do twitter pululou.
Era ela. Minha melhor amiga da época do colegial. E todos sabem o que significa uma melhor amiga da época do colegial, então nem vou comentar.
Ela agora tinha outro sobrenome, mas isso não fazia diferença nenhuma por que eu nunca a chamava pelo nome mesmo.
Então ela mandou uma mensagem e disse que tinha visto meu filme, e disse que tinha gostado...
E ela falou sobre seu nenem, sobre seu marido, sobre as loucuras que fazíamos quando estávamos no colegial. E depois de 26 direct messages do twitter eu me peguei olhando para tela do computador, com uma cara de idiota, com um sorrisinho mole no rosto. Com a minha adolescência sendo devolvida para mim...
Meus olhos ficaram cheios e seguem cheios até agora.
Eu dei um passo para o futuro e meu passado me abraçou gostoso, dizendo, vaaaai!
Postado por Insigne às 16:17 4 comentários
De: Novo
domingo, 16 de agosto de 2009
Mais uma vez arrumo minhas coisas e saio só.
Quebro a unha, bato portas nos dedos, caixas nas pernas, pego peso demais, derrubo metade pelo caminho...
Vou morar com a minha irmã... Sem pais.
Sinto medo. Crescer dói.
Estou feliz com essa dor.
Postado por Insigne às 18:15 3 comentários
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo.
Caio Fernando Abreu
Postado por Insigne às 13:47 2 comentários
ABalada
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
http://vimeo.com/11690173?ab
Postado por Insigne às 11:47 3 comentários
Marcadores: abalada, auto retrato, cinema, curtametragem
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Lição do dia: não brigue por não querer brigar!
Postado por Insigne às 17:24 0 comentários
que tem de bom?
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
por que é que as coisas tem que ser assim?
eu sempre odiei pessoas pessimista, até descobrir que eu mesma era uma otimista falsa. que, na verdade, levava mais jeito para ver o lado ruim das coisas.
tudo começou quando eu ainda queria ser atriz para fazer um filme com o johnny depp. aliás, isso já era o primeiro sinal. o johnny depp só por que ele é mau, sarcástico e revoltadinho.
então, estava eu lá, uma estrela de cinema em treinamento (puxa, eu gostava dessa camiseta) e eu era aplaudida por minhas cenas dramáticas, a facilidade de chorar e gritar e espernear. isso é o que eu faço melhor, sempre... mas então, na hora de fazer as cenas light, cenas de amor, cenas de amizade, cenas inocentes, blé... eu só sabia reproduzir o mau, os sentimentos ruins.
talvez eu fosse só nova demais, inexperiente demais...
mas então daí eu cresci, amei e então, em meio a um surto, prendi-me de tal forma às coisas ruins daquele momento que eu até poderia pensar que tudo começou ali se não me conhecesse muito bem.
então eu escrevia cartas, eu escrevia textos, poesias e contava histórias e era sempre tudo tão ruim e tudo tão dramático... mas foi aí que as pessoas descobriram que gostavam do que eu escrevia. gostavam de ler minhas lamúrias, provavelmente por que esqueciam das suas próprias. ou lembravam melhor, malditas pessoas depressivas como eu...
e daí eu comecei a escutar fiona apple, eminem, planet hemp, marylin mason, racionais, amy winehouse... e nem preciso comentar sobre por que eu gostava dessas músicas.
e continuava escrevendo minhas coisas tristes mesmo quando coisas boas estavam acontecendo. e eu dizia, eu não sei escrever coisas felizes, é um estilo. mas daí eu percebi que realmente passa a impressão de que eu sou uma pessoa infeliz. e ainda que eu fosse uma pessoa infeliz, teria meus momentos de felicidade, mas eu não sabia falar sobre eles. e por que me maltrataram tanto quando eu ainda era "pequena ainda", eu odiava falar sobre o amor (a não ser que fosse para lamentar conhecê-lo...).
mas houve um alguém que me disse, você só escreve coisa triste. parece que você está sempre infeliz. de quem você quer esconder sua felicidade?
e não, eu nunca achei que alguém lia meu blog tosco, mas foi difícil de explicar. e que eu escrevia coisas ruins para elas sairem de mim e as coisas boas eu não queria dividir com ninguém. anyway, eu sou negativa e depressiva.
mas daí hoje, enquanto lutava com um sentimento negativo que ainda mora dentro de mim, enquanto ouvia músicas/poesias no meu rádio novo e orgulhava-me de ouvir a voz dele e as palavras dele. hoje enquanto eu lembrava de como foi quando, depois de uma noite de amor incrível ele pegou o violão e sentou do meu lado pela primeira vez para perguntar o que eu achava daquela música que estava inacabada e que eu não pensava se era pra alguém, se significava alguma coisa, quando a gente ainda não sabia nada das coisas ruins e nem desconfiava que dois anos depois nós estaríamos fazendo as coisas que fazemos... hoje eu me inspirei por um sentimento bom. não, hoje eu me inspirei por um pensamento sensato: "ó, céus, como eu era burra". e tudo fez sentido por um instante.
e daí eu entendi, como tem paciência esse menino...
"toda pintura tem sua moldura, é a gente que pinta, é a gente que faz."
Kin do dia:
Kin 14 - Mago Magnético Branco
Unifico com o fim de encantar
Atraindo a receptividade
Selo a saída da intemporalidade
Com o tom magnético do propósito
Eu sou guiado pelo meu próprio poder duplicado
'Começa no 'aqui e agora', a magia do conhecimento e da cura.'
Postado por Insigne às 10:14 5 comentários
Viagem
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Ela trabalhava no escritório de uma companhia aérea. Era da área de qualidade dos serviços ao consumidor. Sempre se orgulhou de garantir a qualidade dos serviços prestados, achava que o trabalho era engrandecedor.
Num desses impulsos de criatividade, a equipe de marketing da companhia montou um esquema promocional para homens de negócios no qual as esposas ganhariam uma viagem grátis durante certo período daquele mês.
Ela ficou muito animada, achou que aquilo realmente agradaria a clientela e certamente aumentaria os níveis de qualidade do serviço.
Numa noite ela até sonhou que seu marido viajava e levava-a junto em uma reunião em Acapulco. Ela tomava margueritas na praia enquanto ele acenava de dentro de um prédio com grandes janelas de vidro.
A promoção foi um sucesso, muitas viagens grátis foram concedidas às acompanhantes dos homens de negócios e então era hora dela entrar em ação. Ela precisava "avaliar a qualidade do serviço prestado ao consumidor", pensou confiante. Então colocou toda a sua equipe para ligar diretamente para as esposas dos viajantes e para dizerem o que é que tinham achado da experiência de acompanhar o marido.
No fim da semana, um relatório estava sobre sua mesa. Ela o pegou com um sorriso, pois sabia, ninguém poderia reclamar de uma viagem grátis. Começou a lê-lo, mas seu semblante foi mudando lentamente, seu rosto agora não parecia mais tão satisfeito. As estatísticas estavam lá e ela não podia acreditar no que lia. Noventa por cento das esposas dos homens de negócio contemplados não sabiam de que maldita viagem a companhia estava falando.
Ela colocou o relatório na mesa, foi até a janela e pensou um pouco. Em seguida, pegou o telefone, discou o número do marido e disse, quando ele atendeu do outro lado, "quero o divórcio".
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quarta-feira, 29 de julho de 2009
Em vez de se opor sistematicamente às adversidades, observe-as com atenção, tentando decifrar o que elas querem dizer a você.
Humm...
Humm...
Huuuuuummmmmmm...
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Photoshopterapia
terça-feira, 28 de julho de 2009
O inestimável Fernando Pessoa quase perde seu valor após a terapia que foi escolher a fonte, o fundo, queimar o papel e colocar o clipe. Tudo Photoshop.
Em homenagem as agendas... Quando a gente ainda não tinha blog.
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Dois pra cá
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Eu sempre tive vergonha de dançar. Às vezes, quando a gente dança na frente de todo mundo é um pouco vexatório...
Mas daí eu perdi o medo de tudo, depois que achei que tinha perdido tudo (fatalismos da infância). E daí eu comecei a dançar batendo o pé...
E não importava quem viesse dançar ao meu lado, eu batia o pé. Pá, pá, pá...
Até que eu encontrei esse moço. E quando eu bati o pé ele fez uma cara tão feia que, de novo, eu senti vergonha...
Então, para as coisas darem certo para mim, comecei a dançar uma outra música. Sempre em frente, sempre fluida...
Isso que dá se apaixonar por músico...
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Sobre nós
terça-feira, 21 de julho de 2009
"As pessoas se encontram por acaso,
Mas não é por acaso que permanecem juntas."
http://sempreacho.blogspot.com
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segunda-feira, 20 de julho de 2009
Disse o sábio, "briga quem é burro".
Amém.
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Paixão da vida
Descobri dentro de mim uma coisa que guardava desde a infância. Um brinquedo com o qual eu brincava quando não haviam pessoas por perto.
Eu era tímida e amava tudo em segredo, chorava a falta do que eu não sabia existir...
E então vieram os anos, as pessoas de verdades, as lágrimas do que existe e meu brinquedo ficou esquecido em algum canto do peito. Até a timidez ficou escondida, perdida em meio a todos os "precisos" da minha vida...
Mas hoje eu acordei com uma vertigem qualquer, por um motivo bom, com uma companhia perfeita e explodiu no meu peito... E eu sei que a paixão ainda está aqui.
Talvez a infância também esteja. Talvez esteja...
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domingo, 19 de julho de 2009
Kin do dia:
Kin 257 - Terra Planetária Vermelha
Aperfeiçôo com o fim de evoluir
Produzindo a sincronicidade
Selo a matriz da navegação
Com o tom planetário da manifestação
Eu sou guiado pelo poder da força vital
'Aplicar o conhecimento adquirido significa minha evolução na Terra.'
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Rica!
terça-feira, 14 de julho de 2009
Essa noite eu dormi sem arrumar a cama. Com as almofadas do sofá e um cobertor jogado por cima. Pelo simples prazer de simplesmente fechar os olhos. Hitchcock que me perdoe por ser em meio a um filme dele. Fechei os olhos e fui embora.
Acordei às cinco e meia da manhã com a luz acesa, Hitchcock pausado no laptop, sede e uma sensação imensa de que eu era rica.
Tomei água e fiquei até as sete da manhã pensando qual daquelas casas com árvores e piscina vizinhas do parque do Ibirapuera eu vou comprar. Qual carro eu vou dirigir, uma daqueles 4x4, certamente. Quanto dinheiro eu vou dar para meus pais e irmãos, para eles também brincarem de serem ricos.
Foi tão bom que eu não conseguia dormir. Até que as sete, eu arrumei as coisas (laptop na mesa, almofadas no chão, travesseiro na cama), fechei os olhos e pensei "gee, eu sou rica, eu mereço dormir mais um pouco". E até as oito eu tirei o cochilo mais tranqüilo de toda a minha vida.
Quero comprar uma Canon 5D também, pensei depois do almoço e voltei a trabalhar...
Postado por Insigne às 16:50 6 comentários
Explodo
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Ah, quanta felicidade inunda meus pensamentos...
De ver o mundo se virando em realizar os meus sonhos... A vida sendo um sonho! O tempo se dilatando em horas de mais e mais prazer.
Um monte de sims, sims, sims...
As pessoas chegando e indo embora e eu permanecendo em um pedestal de imensa alegria. Imensa alegria!
Que nem toda a desgraça desse mundo tira de mim esse sorriso maduro com ar inventivo.
Que meus milhões de querer-saberes vêm numa torrente de me empurrar para frente seguindo meu inevitável caminho em paz...
Sou um algo inteiro. Explodo em milhares de pequenos pedaços germinantes.
Kin 247 - Mão Cósmica Azul
Persevero com o fim de conhecer
Transcendendo a cura
Selo o armazém da realização
Com o tom cósmico da presença
Eu sou guiado pelo poder da magia
'Estou na encruzilhada do caminho e a mão me oferece um portão para minha cura; magicamente atravesso-o.'
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feliz para sempre...
segunda-feira, 6 de julho de 2009
vinte e cinco
amando muito
sorrindo muito
chorando um pouco (por que eu sou chorona pacas)
e querendo sempre mais!
amo minha família, amo meu namorado, amo meus amigos...
feliz do aniversário para mim!
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Não-poema do não saber
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Eu queria escrever um poema
de amor para te dar
o problema é que eu nunca sei
que palavras devo usar...
Ainda mais depois do comentário
Sobre as rimas previsíveis
O atalho que eu sempre usei
Virou algo não-permitível
Então eu invento adjetivos
E dou alguma desculpa esfarrapada
e o atrativo do poema
é só o fato de eu amar calada.
Postado por Insigne às 17:21 1 comentários
Twitter é melhor que blog?
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Um blog (rá) divulgou as 5 razões de por que o Twitter está acabando com os blogs:
- primeiro, porque é mais fácil escrever no Twitter, 140 caracteres sao sempre mais simples do que vários parágrafos.
- é mais fácil também para quem lê.
- no Twitter, as pessoas respondem - bem mais divertido.
- todo mundo está no Twitter. Todo mundo mesmo. Nao só os amigos, mas os ídolos, a Lindsay Lohan, os iranianos, o Obama.
- o Twitter oferece comunicação exigindo muito menos exposição. Qualquer um pode estar lá sem ter que ficar dando informação sobre si (apesar dos exibidos estarem mesmo em todos os lugares).
blé! Lindsay Lohan?! pffff...
EUAMOMEUBLOG!
Postado por Insigne às 17:13 0 comentários
Recordar é viver
Mais sábado
18 de Dezembro de 2004.
Estou com dor de garganta (de novo, odeio minha garganta fraca). Isso por que eu gritei sem parar durante 6 horas. Isso por que eu já tinha gritado sem parar durante 2 horas um pouco antes.
Eu grito muito. E odeio quando me pedem para não gritar. Ninguém pediu e agora eu estou com dor de garganta.
Amigos secretos. A gente fica gritando quando cada um vai lá na frente falar alguma coisa sem noção. Dois ou três mal entendidos... Ou quatro. Relembrando: não gosta do jeito que as pessoas fazem as coisas? Faça você mesmo.
E eu fui dormir quase 6 horas da manhã. Exausta como uma égua. (Ahn?!)
Eu ia na festinha de fim de ano do hotel, mas chegou um lay-over. Manja lay-over? 100 azarados que conseguiram escolher o vôo que ia dar problema. E aí a empresa aérea manda todos eles famintos para o nosso hotel. E a gente ia na festinha de fim de ano, mas a gente tem que cozinhar comida para 100 pessoas em meia hora. "-Quanto tempo? - Daqui meia hora." Ah, ótimo. E está todo mundo na festinha de fim de ano. Menos você e mais 3 pessoas azaradas como você, que estão cozinhando comida para um lay-over de 100 pessoas que chega daqui meia hora.
Tudo bem, então a festinha acabou na mesma hora que você acabou de cozinhar? Tudo bem. Seu colegas de trabalho te levam para tomar um suco em algum bar country da cidade. Para relaxar. Ou então te levam num karaoquê para tirar 28 ("Não desanime. Hoje você não está inspirado.") Eu sei que eu não canto bem.
Pelo menos eu não trabalho esse sábado. Eu tinha vários planos para ele. Mas foram todos cancelados. As pessoas adoram cortar seu barato. As pessoas são foda. E daí você sorri e diz "ah, fica para próxima". E fica se sentindo legal e sem barato.
E nesse sábado a gente lava o cabelo, fica relembrando todas as coisas podres da nossa vida, fica de mau humor por que cansa estar de bom humor todos os dias (para trabalhar)... E só.
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Devagar
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Eu estou ficando velha...
Agora quero que, na minha vida, tudo aconteça bem devagar para eu aproveitar os segundos e notar os detalhes.
Não quero mais correr pelos dias e pelas pessoas sem saber direito quem elas são, e o que elas sabem, e o que elas dizem.
Quero prestar atenção nos olhares e acumular em mim um milhão de sensações por dia...
Quero aprender com o que as pessoas fazem, perguntar sobre as burocracias dos procedimentos, entender os por quês...
Eu não quero mais correr e nem antecipar nada. Quero tudo no tempo que tudo tem...
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Não foi (?)
terça-feira, 30 de junho de 2009
Ele finalmente chegou até a porta da casa dela. Deteu-se no começo da escada que levava até a varanda da entrada. Olhou-a por um instante o jardim maltratado pelo inverno rigoroso daquele ano. Relembrou a conversa que tinha ensaiado no caminho para lá, estava com todas as falas decoradas, as respostas às perguntas que ele não sabia se ela ia fazer, inclusive.
Subiu os degraus lentamente. Fez menção de bater na porta mas parou com o punho fechado no ar. Seu coração pulsava descontraladamente, olhou para o peito e pode ver o tremor que aquilo causava. Abaixou a mão. Deveria dizer aquilo tudo?
Abaixou-se no chão e pousou a cabeça sobre as mãos. Tentou lembrar de tudo que haviam passado, de tudo que havia pensado enquanto estava sozinho, de tudo que havia pensado quando estava com ela. Uma lágrima escorreu sem querer, estava sofrendo. Veio o caminho todo até ali dizendo que não iria sofrer, independentemente do que acontecesse, mas estava sofrendo.
Levantou-se num pulo como se pudesse sair daquilo com um movimento brusco. Agora seu coração pulsava dolorido. Percebeu que não conseguiria falar nada, nem o decorado, sua garganta ardia enquanto a visão embaçava.
Virou-se e desceu os degraus. Olhou mais uma vez para a porta antes de ir embora. Depois correu e apesar de saber exatamente o caminho de volta, quanto mais longe da casa, mais perdido parecia.
Ela estava olhando pela janela há mais de cinco horas, mesmo sem saber se ele viria ou não. Quando viu ele correr, chorou mas não se mexeu. Disse a si mesma "ele vai voltar, ele vai voltar".
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