Aceroleira

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sentou-se de novo naquele quintal... O sol batia diretamente no banco.
Olhou em volta, a mesma árvore, a mesma bagunça....
Olhou em direção ao sol que cegou-a por um minuto.
Lembrou-se de quando podaram a aceroleira. Temeu... Tremeu... Apertou os olhos para olhar o topo da árvore, animou-se de ver todas as suas folhas ali, de novo... Lembrou de quando a aceroleira não tinha folhas, não tinha força, não dava fruto. Lembrou de quando todos sentiram tanto por achar que ela não viveria... Lembrou das luzes de Natal enfeitando...
A árvore agora estava ali, mais verde do que nunca, prometendo os frutos para a próxima primavera ... E ainda que tenham tentado matá-la, que a tenham odiado por encher o quintal de folhas, que tenham tirado os efeites de Natal, ela nunca desistiu de viver lá.

Sempre haverá folhas caindo, pessoas cortando os galhos, mas a árvore só vive pelos ninhos, pelas frutas, pela sombra...

No fim das contas, o quintal nunca deixou de ser dela...

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