tolices

quinta-feira, 7 de julho de 2011

ô mundo...
oi, fiz 27.
o mundo continua igual... eu tô meio diferente.
a gente envelhece e fica mais compreensivo, sim, mas menos paciente.
menos paciente consigo mesmo, acho. não se perdoa por erros bobos.
tô sussu, pode ser?
eu tô trabalhando pra pagar minhas contas.
tô tentando ser uma pessoa boa nesse mundo, apesar das injustiças diárias.
tô legal, tá?
eu fiz 27.
recebi muito amor por todos os lados. vai ficar tudo bem, imagino.
desgastou um pouco minha alma estar tão ativa.
esse ano tem festa, tem gente, tem namorado, tem família, tem social, tem casa...
esse ano talvez eu não sobreviva.
jim morrison, marylin monroe, jimmy hendrix, janis joplin...
fiz 27.
e não vou mais aguentar tolices, tá bom?
combinado?
fechou.

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo, 
Pois o cansaço fica na mesma. 
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
 E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,  

Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

Álvaro de Campos

1 comentários:

Clau Capelini disse...

amor, amor. pros 27 serem únicos, mari...

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