segunda-feira, 31 de agosto de 2009

yes!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Quem dirá o que fazemos possível com certas distâncias...


Sexta de manhã

Num ninho de magafos tinham três mafagafinhos. Quem conseguir desmafagafá-los, um grande desmafagaficador será.

Cabreuva

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Desliguei o telefone com ele e disse para o meu chefe "desculpe, não posso mais". Teria dito isso a ele se não tivéssemos desligado logo. Foi bom. Por outro lado, meu chefe pareceu não entender:
- O que aconteceu? - ele disse, um pouco preocupado.
- Estou com uns problemas.
- Você precisa de alguma coisa?
- De um dia de folga.
- Você não quer dizer o que está havendo?
- Não, hoje não.
Arrumei minhas coisas rapidamente, envergonhada por estar saindo assim, sem que ninguém pudesse dar uma boa explicação para aquilo. E nem eu.
Já passara por louca outras vezes em outros trabalhos, já saí por passar mal, por estar aos prantos, mas por não estar nada além de desesperada, nunca.
Joguei todas as coisas no porta-malas do carro e olhei a esteira de praia que estava lá. Eu havia deixado a esteira no porta-malas com o pensamento "caso qualquer coisa" e achei que aquele momento era a própria definição de "qualquer coisa" acontecendo.
Meu chefe estava na janela, insistiu em oferecer ajuda com o que quer que fosse. Eu sorri um sorriso amarelo e agradeci. Entrei no carro e fui.
Não sabia bem ao certo para onde iria, mas estava aliviada de não TER que ir a lugar algum. Aproveitei para desligar meu celular de modo que todas as linhas de pensamento que surgissem pudessem ser completadas sem interrompimentos.
Peguei a marginal, dirigi em silêncio por cerca de 20 minutos depois me lembrei do rádio. Liguei-o. Um música feliz e contente tocava. Desliguei-o. Achei o barulho já era alto demais dentro da minha cabeça.
Comecei a ler as placas. Decidi, pararia em qualquer cidade na qual eu nunca pensaria em parar em qualquer outro momento da minha vida.
Segui as direções até Cabreúva, cidade que, fiquei sabendo depois em busca ao wikipedia, não tem mais de 45 mil habitantes.
Dirigi um pouco pela cidade e parei na praça principal, onde uma igrejinha muito simpática me convidava para sentar-me em sua escadaria. Não havia mendigos, pedintes, vendedores ambulantes... Só aquelas pessoas de cidade do interior com a sua calma inabalável. Tudo que eu procurava.
Peguei a esteira no porta-malas e pousei-a no degrau mais alto da escada ao lado de um pequeno poste de luz. Senti muito por não ter um livro para ler, mas decidi que tinha mesmo é que pensar nas coisas na minha vida e não em outras histórias fantásticas.
Vigiei e fui vigiada por alguns cabreuvanos que provavelmente nunca tinham visto alguém chegar assim no meio da tarde do meio da semana. Depois de um tempo, foi como se eu fizesse parte da decoração da igreja.
Pensei no meu chefe, o que será que estaria acontecendo na empresa naquele momento? Será que ele precisava de mim? Será que eu já havia perdido o cargo? Percebi que não haveria evolução nenhuma em me preocupar com isso, já que não existia nada, de fato, que pudesse ser feito naquele momento em Cabreúva para mudar as coisas.
Comecei a pensar em mim e nele, nas coisas que ele me falou. Ele estava passando por uma crise existencial, eu também, e o costume de não nos entendermos é que nos fazia ficar ainda mais em crise ainda.
Respirei fundo. O cheiro de Cabreuva era algo como pipoca com terra. Deitei-me na esteira.
Agora tinha certeza que os passantes olhavam-me e comentavam, mas resolvi que não iria me incomodar com isso.
A visão do céu, que tinha algumas nuvens brancas, com a cruz no topo da igreja fez com que eu sentisse uma paz momentânea. Depois perguntei, como se para alguém com que eu pudesse conversar naquele momento "que faço?".
Meu coração deu uma batida mais forte, tive medo de estar tendo um troço em plena Cabreuva, mas depois vi que talvez fosse apenas um rompante de apreensão.
Eu não deveria estar ali, eu não deveria estar me perguntando o que fazer, eu não deveria nunca ter abandonado meu trabalho daquele jeito, não devia ter ligado para ele naquela tarde, não deveria, não deveria.
Agora já era tarde demais, pensei, eu não sabia o que diria para meu chefe e nem para ele quando voltasse. Eu não sabia mais o que era certo fazer, depois de ter feito o que estava feito.
Neste momento, um homem cobriu minha visão da cruz de igreja com a cabeça.
- Ô, moça, a senhora está bem?
- Não.
- Tá sentindo mal? Zonzeira?
- Não.
- Tá sentindo o que? Quer que eu ajuda a senhora a ir até o PS?
- Não, tô sentindo mal do sentimento.
Ele ficou lá parado, olhando-me como se eu o houvesse xingado, quieto. Depois sentou do meu lado na esteira, eu sentei novamente e permaneci quieta, olhando-o. Havia satisfação em um cabreuvano ter se importado comigo.
- Olha, moça, eu tava noivo da moça mais bonita dessa cidade, na minha humilde opinião, ela trabalhava no salão ali do outro lado, um dia ela chegou em mim e disse que ia pra São Paulo, eu disse que não queria ir, eu tenho meus trabalhos aqui, minha mãe, ela só disse que sabia que eu ia dizer isso e foi...
Interrompi a história um pouco confusa.
- Como você sabe que meu mal tem a ver com amor? - perguntei incrédula.
Ele me ignorou.
- Fiquei uns quinze dias chorando, dia e noite, pensando que devia ter ido pra São Paulo com ela, que devia ter largado minhas coisas e feito tudo pelo meu amor, devia ter conversado melhor, sabe? Depois desses quinze dias, um colega meu me chamou de canto e me falou o seguinte "oia, eu sei que você tá sofrendo por causa dela, mas se ela for tua, ela volta aqui e diz que dá jeito de você ficar la com ela, ou chega aqui e conversa um jeito de ficar aqui mesmo, sabe? quando a pessoa nao é sua, nao tem como, meu amigo, o que um não que dois não faz". E daí eu pensei que ele tava mesmo certo, sabe. Que dói a gente não poder agradar a pessoa que tá com a gente, mas a vida tá aí, tem como fazer de tudo se a pessoa quer mesmo, se não quer não faz. E daí eu voltei a trabalhar, ainda sentia tristeza, mas tava pensando que era aquilo que era pra eu viver, coisa do meu destino, pra eu contar na minha história, sabe?
De repente, eu soube. Olhei-me naquele lugar, sentando com aquele cabreuvano desconhecido que, do nada, resolveu contar-me da sua vida e o desespero passou num instante e voltou no outro.
Levantei num supetão.
- Olha, moço, eu entendi. Muito obrigada pela ajuda.
- Não a de que. Se a senhora quiser tomar um café, a gente pode sentar no Cheiro de Mato ali.
- Não posso, eu preciso mesmo ir.
- A senhora vai pra onde agora?
- Pra São Paulo.
A expressão dele ficou um pouco soturna, depois relaxou. Ele deu um sorriso amarelo e abaixou o olhar.
Toquei-o no ombro.
- Obrigada mesmo.
Ele só balançou a cabeça.
Joguei a esteira no porta-malas de novo e dirigi em alta velocidade de volta. Precisava dizer para ele que a gente ia fazer qualquer coisa se ele quisesse e se ele não quisesse fazer nada mais, era o que a gente tinha que viver.
Chegando de novo na entrada da marginal, peguei meu celular, eu ligar, eu ia dizer.
Tentei ligá-lo, mas não funcionava. Tirei a bateria, recoloquei, bati, abri, fechei, não ligava.
Quase arrancando os cabelos de nervoso, com a solução da minha vida na ponta da língua e eu não poderia dizer. O que eu faria, o que eu faria.
Olhei o trânsito da marginal e disse:
- Calma!
De repente, deu-me um estalo. Calma, de fato, era só isso que eu poderia fazer, ter calma, com tudo, com a história toda.
Dei um risinho, debochando de mim mesma. Eu fui até Cabreuva, ouvir as desilusões de um cabreuvano qualquer, para entender o que eu devia fazer no trânsito da Marginal?
Estava indo muito longe... Eu sempre ia muito longe...

Semeia com amor

Kin do dia:
Kin 36 - Guerreiro Planetário Amarelo


Aperfeiçôo com o fim de questionar
Produzindo a intrepidez
Selo a saída da inteligência
Com o tom planetário da manifestação
Eu sou guiado pelo poder do florescimento
'Ó viajante, ó questionador, a perfeição está em ti; semeia com amor.'

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões

Velhas novas

Comecei a organizar minhas coisas que estavam empilhadas há um tempão, afetando o modo como eu via meu lugar...
Tinha mágoas guardadas em caixas velhas que já criavam mofo. Fitei-as com pesar, sabendo que teria que me livrar delas, que já não valeriam nada depois desses anos. E que depois de mais alguns anos, valeriam menos ainda. Perdoei-me por sentir-me mal, mas coloquei tudo junto com as outras tralhas.
Achei alguns medos escondidos atrás da minha baixa auto-estima, puxei-os com força, organizei todos em ordem crescente e fui dispensando um a um, nessa ordem, perguntando-me "por que diabos eles estão guardados há tanto tempo?".
Eu sou o tipo de pessoa que se apega ao passado, que coleciona coisas, que não esquece dos acontecimentos. Meus armários estavam lotados de coisas algumas até que eu já nem sabia que existiam.
Tirei dos armários mais altos resquícios de atitudes que nem eram minhas. Que devo ter pego emprestado de alguém há muitos anos atrás e trouxe comigo, mudança após mudança. Tentei lembrar de quem era cada coisa, mas desisti depois que pensei que os próprios donos poderiam achar aquilo meio fora de moda. Tudo para o lixo.
Em um gaveteiro, encontrei umas 3 ou 4 teimosias, quase sorri, mas segurei-me. Não havia nada de engraçado. Estavam a tanto tempo lá que eu precisei fazer um força sobre-humana para tentar tirá-las das gavetas. Por fim, joguei o gaveteiro todo fora para não correr o risco de guardar lugar para alguma outra teimosia nova.
Houveram coisas que tive dúvida se eram tralhas ou parte da decoração, houveram algumas que eu joguei fora ainda com dúvida. Meu consolo foi que o melhor mesmo é tentar uma nova decoração de vez em quando...
Depois que tudo estava do lado de fora, pronto para ser dispensado dei uma nova olhada no lugar. Parecia maior. Faltava lugar para se encostar, mas depois vi que era melhor exercitar meus músculos e sustentar-me em minhas próprias pernas.
Fiquei feliz com a possibilidade de encher o lugar de coisas novas e melhores do que as velhas coisas que eu já sabia de cor. Empolguei-me com a nova sensação que o lugar poderia agora causar. Com o espaço que poderia conter mais pessoas...
Abri as janelas e as portas para o novo ar circular pelas coisas que haviam ficado, minhas coisas boas indispensáveis.
Pensei em fazer uma festa, chamar todo mundo, avisar que as coisas estavam diferentes. Depois notei que talvez eu devesse me acostumar com o lugar primeiro, tentar colocar um ou outro quadro novo na parede. Deixar o tempo fazer eu chamar o novo lugar de meu naturalmente.
Levei tudo para fora e voltei. O novo ar, o espaço, a falta de certas coisas tinha deixado o lugar também um pouco mais frio...
Procurei desesperadamente por uma coisa que tinha certeza que não tinha jogado fora, que deveria estar ali em algum lugar perdida. Depois de algum tempo encontrei-a em partes, espalhadas por todo o lugar. Minha esperança estava em cada canto que eu havia remexido. Coloquei-a nos ombro e, apesar de leve, melhorou muito a sensação para o momento.
Tive certeza nesse momento e disse alto para inaugurar "vai esquentar, precisa esquentar."

terça-feira, 25 de agosto de 2009

por que a internet faz isso com a gente?
saaaai
me largaaaaaa!

sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos a fora

calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa

Leminsk

aaaaauuuummmmm

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ápice

...o mundo para de rodar e só existe uma explosão entre nós!

sábado, 22 de agosto de 2009

Agir é diferente de reagir. Reagir é um espasmo do sistema nervoso, um resquício de animal em nossa estrutura humana. Agir requer planejamento em nome de objetivos e, por isso, significa elevar-se e tornar-se digno.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

chuááááá
balde de água fria atrás de balde de água fria
ainda bem que eu saí agasalhada hoje

Toca Raul!!!

O texto que segue está no manifesto/gibi A Fundação Krig-Ha, distribuído no primeiro show de Raul em SP, em 1973.No ano seguinte, todas as cópias desse manifesto seriam recolhidas pela Polícia Federal e queimadas como "material subversivo". Raul foi preso e torturado pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e é "convidado" a se retirar do país.

* Prefácio - Nós vos saudamos, Maria. Nós Vos Saudamos José. E nós saudamos os artistas brasileiros que tiveram o silêncio do resto do mundo quando seus trabalhos e seus corpos foram censurados, mutilados desaparecidos.

* Manifesto:

1 - O espaço é livre. Todos têm direito de ocupar seu espaço.

2 - O tempo é livre. Todos têm que viver em seu tempo, e fazer jus às promessas, esperanças e armadilhas.

3 - A colheita é livre. Todos têm direito de colher e se alimentar do trigo da criação.

4 - A semente é livre. Todos têm o direito de semear suas ideias sem qualquer coerção da INTELEGENZIA ou da BURRICIA.

5 - Não existe mais a classe dos artistas. Todos nós somos capazes de plantar e de colher. Todos nós vamos mostrar ao mundo e ao Mundo a nossa capacidade de criação.

6 - "Todos nós" somos escritores, donas-de-casa, patrões e empregados, clandestinos e careta, sábios e loucos.

7 - E o grande milagre não será mais ser capaz de andar nas nuvens ou caminhar sobre as águas. O grande milagre será o fato de que todo dia, de manhã até à noite, seremos capazes de caminhar sobre a Terra.

* Saudação final do 11º manifesto:

- Sucesso a quem ler e guardar este manifesto. Porque nós somos capazes. Todos nós, todos nós somos capazes.

Escrito por: Raul Seixas, Paulo Coelho, Sylvio Passos, Christina Oiticica, Toninho Buda, Ed Cavalcanti

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vagando pelas horas em idéias que se perdem aqui e ali.
Quero tanto o que tão pouco sei...
E leio que o que sou é só o que penso que sou. E sossego.

sem ponto final

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

eu estou completamente decidida
mais decidida que uma partida de futebol nos 48 do segundo tempo
mais decidida que um prêmio depois que o juri deu sua posição
eu não vou chorar, eu não vou sofrer, não vou me abalar
fato é fato, eu não vou fugir
minha vontade é clara, meus motivos são óbvios
lembrei-me do que me disseram, lute pelo que você quer, não se deixe abalar
então eu tomava um suco de almoço as cinco da tarde e decidi
completamente decidida

De dentro da brusquila

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Então tudo aconteceu de repente.
Eu estava aqui vendo que emails bombásticos poderiam adentrar minha caixa postal sobre o trabalho zicado que adentrava o final de semana, quando uma mensagem de um novo amigo do twitter pululou.
Era ela. Minha melhor amiga da época do colegial. E todos sabem o que significa uma melhor amiga da época do colegial, então nem vou comentar.
Ela agora tinha outro sobrenome, mas isso não fazia diferença nenhuma por que eu nunca a chamava pelo nome mesmo.
Então ela mandou uma mensagem e disse que tinha visto meu filme, e disse que tinha gostado...
E ela falou sobre seu nenem, sobre seu marido, sobre as loucuras que fazíamos quando estávamos no colegial. E depois de 26 direct messages do twitter eu me peguei olhando para tela do computador, com uma cara de idiota, com um sorrisinho mole no rosto. Com a minha adolescência sendo devolvida para mim...
Meus olhos ficaram cheios e seguem cheios até agora.
Eu dei um passo para o futuro e meu passado me abraçou gostoso, dizendo, vaaaai!

De: Novo

domingo, 16 de agosto de 2009

Mais uma vez arrumo minhas coisas e saio só.
Quebro a unha, bato portas nos dedos, caixas nas pernas, pego peso demais, derrubo metade pelo caminho...
Vou morar com a minha irmã... Sem pais.
Sinto medo. Crescer dói.
Estou feliz com essa dor.


Velhas coisas, novos lugares

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo.
Caio Fernando Abreu

ABalada

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

http://vimeo.com/11690173?ab

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lição do dia: não brigue por não querer brigar!

que tem de bom?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

por que é que as coisas tem que ser assim?
eu sempre odiei pessoas pessimista, até descobrir que eu mesma era uma otimista falsa. que, na verdade, levava mais jeito para ver o lado ruim das coisas.
tudo começou quando eu ainda queria ser atriz para fazer um filme com o johnny depp. aliás, isso já era o primeiro sinal. o johnny depp só por que ele é mau, sarcástico e revoltadinho.
então, estava eu lá, uma estrela de cinema em treinamento (puxa, eu gostava dessa camiseta) e eu era aplaudida por minhas cenas dramáticas, a facilidade de chorar e gritar e espernear. isso é o que eu faço melhor, sempre... mas então, na hora de fazer as cenas light, cenas de amor, cenas de amizade, cenas inocentes, blé... eu só sabia reproduzir o mau, os sentimentos ruins.
talvez eu fosse só nova demais, inexperiente demais...
mas então daí eu cresci, amei e então, em meio a um surto, prendi-me de tal forma às coisas ruins daquele momento que eu até poderia pensar que tudo começou ali se não me conhecesse muito bem.
então eu escrevia cartas, eu escrevia textos, poesias e contava histórias e era sempre tudo tão ruim e tudo tão dramático... mas foi aí que as pessoas descobriram que gostavam do que eu escrevia. gostavam de ler minhas lamúrias, provavelmente por que esqueciam das suas próprias. ou lembravam melhor, malditas pessoas depressivas como eu...
e daí eu comecei a escutar fiona apple, eminem, planet hemp, marylin mason, racionais, amy winehouse... e nem preciso comentar sobre por que eu gostava dessas músicas.
e continuava escrevendo minhas coisas tristes mesmo quando coisas boas estavam acontecendo. e eu dizia, eu não sei escrever coisas felizes, é um estilo. mas daí eu percebi que realmente passa a impressão de que eu sou uma pessoa infeliz. e ainda que eu fosse uma pessoa infeliz, teria meus momentos de felicidade, mas eu não sabia falar sobre eles. e por que me maltrataram tanto quando eu ainda era "pequena ainda", eu odiava falar sobre o amor (a não ser que fosse para lamentar conhecê-lo...).
mas houve um alguém que me disse, você só escreve coisa triste. parece que você está sempre infeliz. de quem você quer esconder sua felicidade?
e não, eu nunca achei que alguém lia meu blog tosco, mas foi difícil de explicar. e que eu escrevia coisas ruins para elas sairem de mim e as coisas boas eu não queria dividir com ninguém. anyway, eu sou negativa e depressiva.
mas daí hoje, enquanto lutava com um sentimento negativo que ainda mora dentro de mim, enquanto ouvia músicas/poesias no meu rádio novo e orgulhava-me de ouvir a voz dele e as palavras dele. hoje enquanto eu lembrava de como foi quando, depois de uma noite de amor incrível ele pegou o violão e sentou do meu lado pela primeira vez para perguntar o que eu achava daquela música que estava inacabada e que eu não pensava se era pra alguém, se significava alguma coisa, quando a gente ainda não sabia nada das coisas ruins e nem desconfiava que dois anos depois nós estaríamos fazendo as coisas que fazemos... hoje eu me inspirei por um sentimento bom. não, hoje eu me inspirei por um pensamento sensato: "ó, céus, como eu era burra". e tudo fez sentido por um instante.
e daí eu entendi, como tem paciência esse menino...

"toda pintura tem sua moldura, é a gente que pinta, é a gente que faz."


Kin do dia:
Kin 14 - Mago Magnético Branco

Unifico com o fim de encantar
Atraindo a receptividade
Selo a saída da intemporalidade
Com o tom magnético do propósito
Eu sou guiado pelo meu próprio poder duplicado
'Começa no 'aqui e agora', a magia do conhecimento e da cura.'

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